5/6/2019
Uninovafapi promove atividades de conscientização da doença celíaca

Em comemoração ao mês da consciência celíaca, professores e alunos dos cursos de Direito e Nutrição do Centro Universitário Uninovafapi promoveram atividades para informar e incentivar as discussões acerca dos direitos das pessoas celíacas. As ações aconteceram no dia 31 de maio na Ponte Estaiada, em parceria com o Grupo de Celíacos do Piauí e Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA).
O evento foi coordenado pelas professoras Norma Sueli Alberto, do curso de Nutrição, e Cléa Mara Coutinho Bento, do curso de Direito. “O evento teve como objetivo dar visibilidade à questão da segurança alimentar e das relações de consumo das pessoas celíacas, bem como a divulgação das Leis Estaduais vigentes que não estão sendo efetivamente cumpridas pelos fornecedores do segmento alimentício, no âmbito do nosso Estado”, explica a professora Cléa.
No talk show realizado durante o evento, o nutricionista Alessandro Alves falou sobre a dieta isenta de glúten para o paciente celíaco e alertou sobre a contaminação cruzada. “A dieta sem glúten é o tratamento mais efetivo e eficaz para o portador de doença celíaca. A contaminação cruzada pode acontecer em qualquer momento da produção dos alimentos e infelizmente não podemos confiar 100% nas embalagens que informam que os alimentos são isentos de glúten. É preciso ter cuidado”, alertou.
A médica gastroenterologista Jozelda Duarte também proferiu palestra destacando as principais características da doença celíaca, como os sintomas e a forma de tratamento. “É uma doença que pode atingir qualquer grupo étnico e parentes de 1° grau tem uma incidência de até 39% de chance de ter também a doença”, explicou.
Alunos do sétimo período do curso de Direito também realizaram uma apresentação sobre a proteção jurídica do celíaco. Marcos Vinícius Silva de Santana, Iraci Oliveira Henrique Neta e Rosana Célia Noleto Magalhães falaram sobre as principais legislações existentes no país que asseguram os direitos dos portadores da doença celíaca. “A doença celíaca é uma enteropatia do intestino delgado de caráter autoimune que traz uma restrição alimentar. A legislação busca que as indústrias tenham um cuidado maior na rotulação das embalagens, que devem informar se o produto realmente contém ou não glúten. Existe um avanço no estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, onde já existe uma legislação própria obrigando os supermercados a terem gôndolas separadas para os alimentos isentos de glúten”, pontuou Rosana Célia.
No Uninovafapi, as professoras Cléa Mara e Norma Sueli estão à frente do Grupo de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. “A pauta do celíaco é permanente no nosso grupo de pesquisa, que evidenciou esta pauta e levantou a bandeira do celíaco dentro do Uninovafapi”, afirmou a professora Norma Sueli.
O evento contou também com a presença do Dr. Alessandro Spíndola, do Núcleo da Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Piauí e, além dos talk shows, foi feita a distribuição de material informativo e a degustação de alimentos sem glúten.
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