29/3/2022
Acadêmica de Biomedicina é selecionada para programa de iniciação científica da USP

A aluna do curso de Biomedicina, Thais Pinheiro, foi selecionada para um projeto de iniciação científica da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Ela ingressou no Centro Universitário Uninovafapi em 2019.2 por meio do ProUni, onde conseguiu bolsa integral.
Thais conta que sempre teve o olhar voltado para a pesquisa científica e o seu foco durante a graduação era fazer Iniciação Científica (IC). As disciplinas que mais a motivam são os Projetos Integradores (PI's). “Meu primeiro PI foi em Epidemiologia e Bioestatística, com o professor Francílio. Fiquei encantada com tudo que ele falava. No 3° período comecei a buscar editais de processos seletivos para me aprimorar e nesse mesmo período entramos em pandemia e como era um momento cheio de incertezas, percebi que poderia ser bem mais difícil do que o habitual. Até que começaram a surgir as primeiras IC's no formato remoto. Fui me inscrevendo em todas que apareciam, e não obtive nenhum retorno. Quando já estava desistindo, vi o edital da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. E resolvi participar, mas para mim seria a última tentativa”, relembra Thais.
De acordo com a acadêmica, o processo de seleção deu início com curso introdutório de "Análise crítica de estudos comparativos" promovido pelo Laboratório de Inferência Causal em Epidemiologia (LINCE), ministrado pelo professor Dr. Fredi Quijano e pela doutoranda Tatiane Ribeiro. O curso tinha como proposta principal trabalhar a criticidade ao analisar um artigo. “Foi um momento bem legal e bastante produtivo, pudemos trabalhar com diversas plataformas utilizadas, principalmente em Revisões Sistemáticas, por exemplo o Rayyan para seleção de artigos de acordo com os critérios de elegibilidade propostos, RoB2 para análise da validade dos estudos e também aprendemos a extrair dados de estudos científicos. A partir do curso pude compreender que nem tudo que foi publicado é de fato uma evidência. Vimos durante esta pandemia muitas divergências entre profissionais, especialmente acerca de intervenções farmacológicas. Hoje, percebo que um dos fatores que possa ter contribuído para essa discrepância é justamente a falta de um olhar mais crítico e imparcial diante dos escritos que são apresentados na íntegra”, avalia.
Participaram deste momento estudantes de diferentes cursos de graduação e 17 estados brasileiros. Considerando o desempenho dos candidatos, 24 alunos foram convidados a desenvolver uma pesquisa e Thais estava entre os selecionados. “Fiquei muito feliz com o convite, chorei de felicidade! A partir daí começamos a escrever o projeto de pesquisa sob orientação do professor Fredi e Tatiane. Agora estamos aguardando a aprovação do projeto pelo comitê de pesquisa. Estou muito contente com todas as oportunidades que surgiram e pude abraçar. Claro que algumas coisas fogem do nosso alcance, mas garanto que essa experiência vem me trazendo compreensão e coerência, características frequentemente expressas em bons profissionais”.
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